Artista desempregado vive em casa feita literalmente de dinheiro

Um artista desempregado irlandês, Frank Buckley, construiu uma “casa de bilhões de euros” com os restos de notas inutilizadas como uma declaração contra a “loucura” da moeda única para a Irlanda.

O artista construiu a casa usando 1.400.000.000 € (1,82 bilhões dólares) de notas inúteis. Buckley começou com obras de arte diversas usando o meio de papel, antes de avançar ainda mais e criar um apartamento inteiro. Atualmente, o imóvel conta com uma sala de estar, quarto e banheiro – e o artista pretende adicionar uma cozinha e hall.

Cada espaço é construído com “tijolos” feitos meramente com a antiga moeda comprimida por um prensa, e como observa o artista, “é só papel”. Buckley espera que o projeto irá estimular a discussão dentro de um país que sofreu grandes expectativas com a moeda única, para então enfrentar uma crise imobiliária que criou graves dificuldades para milhares de pessoas e prejudicou a economia.

“Eu sentei no meu estúdio com meus pés em cima de uma caixa de 4.000.000 € de notas desfiado e eu pensei: ‘Deus, isso é apenas papel”, explica Buckley. “Eu simplesmente precisava provocar uma ampla discussão sobre isso. As crianças na escola precisam aprender a debater esta questão: qual o real valor do papel moeda em circulação ou não? ”

Uma inundação de crédito barato na introdução da moeda única provocou uma bolha imobiliária extensa no início de 2000. No entanto, após seu declínio rápido, o euro deixou a Irlanda como um edifício abandonado e vazio, e diante de uma recessão profunda que obrigou o país a aceitar um humilhante socorro da UE no ano passado.

Frank Buckley construiu o apartamento no lobby de um prédio de escritório abandonado em Dublin, deixado vago desde a sua conclusão no boom da construção irlandesa. Ele permanece como uma lembrança triste do que a crise do euro deixou em seu rastro.

“Não pode ir ampliando e dominando sobre tudo. Isso arruina as pessoas. ” Ele disse sobre a moeda. “É um reflexo de toda a loucura que tomou conta de nós”, afirma Buckley. “As pessoas estavam despejando bilhões de dólares em edifícios que agora não valem nada. Eu queria criar algo do nada. ”

A mistura de materiais das obras de arte nas paredes e moedas de 5 centavos irlandeses decorando todo o apartamento é um lembrete pungente do que o país desfrutou uma vez. No entanto, pelo menos, este artista desempregado não passa frio à noite.

Fonte: Smart Planet

Quase 37% dos brasileiros não têm condições de pagar suas dívidas

Quase 37% da população brasileira (36,6%) não tem condições de pagar suas dívidas, conforme mostram os dados do IEF (Índice de Expectativa das Famílias), divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Os dados mostraram que apenas 13,2% dos entrevistados acreditam que terão condições de honrar os compromissos, enquanto 47,8% responderam, em dezembro, que conseguiriam quitar parcialmente as contas. A dívida média das famílias brasileiras em dezembro foi de R$ 4.679,13, a quinta maior média mensal em 2011. O patamar mais alto foi atingido em fevereiro do ano passado (R$ 5.605,25).

Das famílias consultadas em dezembro em todo o país, 56,1% afirmaram não ter dívidas. O valor é superior ao registrado em novembro (55,6%). O estudo também mostrou que 6,8% das famílias entrevistadas planejavam tomar empréstimos ou financiamento para adquirir algum bem nos próximos três meses. Em relação às regiões do Brasil, no Nordeste é onde há mais pessoas interessadas em empréstimos para aquisição de bens (11,1%).

Segundo a pesquisa, 78,2% das famílias disseram estar melhor financeiramente em dezembro de 2011 do que um ano antes. O otimismo é maior na região Centro-Oeste (88,1%), seguido pelo Norte (80,7%), Sudeste (80,4%), Nordeste (74,8%) e Sul (72,3%). O Índice de Expectativa das Famílias (IEF) é resultado de uma pesquisa mensal do Ipea, feita em 3.810 domicílios, em mais de 200 municípios brasileiros. A pesquisa realizada em dezembro de 2010 foi a 17ª edição.

Fonte: UOL Infomoney

Parcelar IPTU e IPVA pode ser a melhor opção; veja perguntas e respostas

Parcelar impostos neste começo de ano pode ser a melhor maneira de evitar um desequilíbrio no orçamento nos próximos meses, alertam especialistas em finanças pessoais ouvidos pelo UOL. No país inteiro, os contribuintes já estão recebendo os boletos de pagamentos do IPTU e do IPVA.

O pagamento à vista dos impostos pode representar descontos interessantes (10% no caso do IPVA no Rio de Janeiro, por exemplo). Mas, ainda que o desconto pareça vantajoso num primeiro momento, o contribuinte precisa fazer algumas contas antes de tomar uma decisão. “É muito comum as pessoas olharem os benefícios do desconto e se esquecerem dos compromissos futuros”, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos.

Ele sugere que quem tem dinheiro suficiente para pagar os impostos à vista avalie se não poderá precisar desses valores daqui a alguns meses. “Não adianta pagar à vista agora e lá na frente cair no cheque especial se surgir uma emergência. Se essa for toda a reserva que a pessoa tem, é melhor parcelar”, diz Domingos. Mauro Johashi, da consultoria BDO, concorda. “O contribuinte precisa ponderar que tem outros gastos no começo de ano, como a aquisição do material escolar.”

Pedir empréstimo, só em último caso

O presidente do conselho e diretor de economia da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Roberto Vertamatti, afirma que, para quem tem o dinheiro em alguma aplicação financeira, pode ser mais interessante deixar o valor investido e parcelar o imposto. “Se a previsão de rendimento da aplicação for maior do que o desconto dado no pagamento do imposto, é melhor deixar o dinheiro aplicado”, diz. “Mas, se a previsão de rendimento da aplicação for menor, então é interessante resgatar o dinheiro da aplicação e pagar à vista, com desconto”, afirma.

Pedir empréstimo para pagar os tributos deve ser a última opção do contribuinte, diz o professor de finanças pessoais do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa Ricardo Humberto Rocha. Segundo ele, não compensa, por exemplo, usar o financiamento para quitar os impostos à vista. Essa seria a opção apenas de quem não tem condições de pagar nem as parcelas neste momento. “E, se puder escolher, ele deve optar pelo crédito consignado e evitar o cheque especial”, diz o professor.

Rocha sugere, ainda, que o contribuinte aproveite para já começar a fazer uma reserva para as contas do ano que vem. “Use como referência o valor deste ano, divida em 12 parcelas e aplique em um fundo ou mesmo na caderneta de poupança”, aconselha.

Veja a melhor forma de pagar os impostos, segundo especialistas:

Tenho o valor integral para pagamento dos impostos em mãos, e esse dinheiro não vai me fazer falta nos meses seguintes. É interessante pagar à vista?

Sim, porque o consumidor poderá obter descontos interessantes sobre o valor devido. Em São Paulo e em Minas Gerais, quem paga o IPVA de uma só vez ganha desconto de 3%. No Paraná, é de 5% e, no Rio de Janeiro, de 10%. Já o desconto concedido para pagamento à vista do IPTU em São Paulo é de 6% e no Rio, de 7%.

Na mesma situação, valeria a pena eu investir o dinheiro e pagar o IPTU parceladamente?

Isso só é interessante se o rendimento da aplicação financeira for maior do que o desconto obtido no pagamento à vista. O diretor da Anefac Roberto Vertamatti diz que a expectativa de rendimento em dez meses para a renda fixa está entre 7,5% e 8%. Assim, pode ser interessante pagar o IPTU em São Paulo parceladamente, abrindo mão do desconto de 6%, que é mais baixo, e investir o valor por esse período.

E o IPVA?

Segundo Vertamatti, como o prazo de pagamento do IPVA é menor (três meses), vale sempre a pena sacar o dinheiro da poupança e ou da renda fixa. O rendimento mensal de poupança é de 0,6% e, da renda fixa, de 0,8%. Em três meses, assim, o percentual não chega aos 3% de desconto dados no pagamento à vista.

Tenho dinheiro suficiente para quitar os impostos, mas está investido. Vale a pena eu retirar o dinheiro da aplicação para pagar os impostos à vista?

O raciocínio, aqui, é o mesmo da situação anterior: se a previsão de rendimento da aplicação for maior do que o desconto dado para o pagamento à vista, então é melhor deixar aplicado. Caso a previsão de rendimento da aplicação seja menor, então seria interessante resgatar o dinheiro da aplicação e pagar à vista, com desconto.

Tenho o valor integral para pagamento do imposto em mãos, mas essa é minha única reserva financeira.

Se esse for o único dinheiro que você tem para uma emergência, é melhor parcelar, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos. Parcelando, você abre mão do desconto, mas evita cair futuramente em financiamentos que têm juros muito mais altos, como o cheque especial (8,41% ao mês em novembro de 2011, segundo a Anefac).

E se eu perdi o prazo para pagamento à vista com desconto, o que faço?

Quem perde o prazo para pagamento com desconto ou da primeira parcela do IPVA não consegue mais parcelar depois. O contribuinte terá, obrigatoriamente, de pagar o valor total, sem desconto, na data de vencimento seguinte. No caso do IPTU, geralmente o contribuinte que perde a primeira data de pagamento precisa fazer o parcelamento, também sem desconto.

Não tenho esse valor integral. Compensa pedir empréstimo para pagar à vista ou é melhor parcelar?

Não. Nesse caso, é melhor parcelar. Segundo a Anefac, os juros do empréstimo consignado, que são os mais baixos do mercado, giram em torno de 2% mensais, o que dá algo em torno de 21,9% em dez meses. No caso do IPTU, por exemplo, é um percentual muito distante dos 6% de desconto para pagamento à vista.

Fonte: UOL ( http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/01/05/parcelar-iptu-e-ipva-pode-ser-a-melhor-opcao-veja-perguntas-e-respostas.jhtm )